Sônia Baiana
Com alegria, simpatia e o amor à culinária, Sônia Maria Menezes
Pinto, a Baiana, como é conhecida em Mesquita, conquistou muitos
clientes vendendo acarajé na Praça Elizabeth Paixão, Centro.
Há pouco mais de 20 anos, ela saiu da Bahia e veio para o Rio de
Janeiro com o objetivo de apresentar para os cariocas seu talento na
gastronomia com os segredos de preparo do acarajé deixados pela avó. Mãe
de dois filhos, Baiana, como gosta de ser chamada, começou a vender
acarajé em Copacabana. Seu trabalho na Zona Sul fez sucesso, porém o
maior lucro ia para a dona do negócio. Com isso, Sônia Baiana apostou em
seu potencial e começou a vender acarajé na Praça da Telemar, Mesquita.
O ponto para colocar seu tabuleiro mudou, passou a vender seu quitute
na Praça João Luiz do Nascimento, centro, às quintas – feiras.
Sônia contou com o apoio da incubadora Afro Brasileira, que, segundo
ela, investe em qualificação e inclusão social para dar certo. “A
incubadora me dá base para transformar ideia em realidade. Estou feliz
por mostrar na Baixada minha cultura e vender o autêntico acarajé”. O
tempero da Baiana a transformou até em personagem de quadrinhos de uma
revista de divulgação da Incubadora.
Desde quando chegou ao Rio de Janeiro, Sônia Baiana mora em Mesquita e
fala com empolgação do município. “Amo morar aqui, não penso em voltar
pra Bahia e para onde vou trabalhar, apresentar a gastronomia baiana, eu
levo comigo o nome do meu município. Tenho orgulho de morar aqui. Eu
prometi pra mim que assim que Mesquita fosse emancipada eu iria
transferir o meu título de eleitor para cá. E foi isso que fiz. Quero
ajudar Mesquita a crescer ainda mais”, disse emocionada.
A autêntica baiana faz questão de dizer que não é apenas uma
vendedora de acarajé. “Eu represento um segmento da cultura Afro, que é a
gastronomia. Falar que sou apenas uma vendedora de acarajé é muito
pouco. O que faço é um resgate cultural”, afirmou.
O sucesso do Acarajé da Baiana está no amor em que prepara os prepara
e a autenticidade dos ingredientes trazidos diretamente da Bahia. “Tudo
o que faço é caprichado. Costumo dizer que não tenho compradores.
Compradores vêm, compram e não voltam mais. Eu tenho clientes. Clientes
que chegam de outros municípios atrás do autêntico acarajé da Baiana”,
contou.
Às segundas na Pedra do Sal, no primeiro sábado do mês na Feira do
Lavradio e, aos domingos em Laranjeiras, ela monta sua linda banca, se
veste caracterizada de baiana com direito a turbante e apresenta seu
acarajé em tabuleiros, panelas de barro e toalhas de renda. O azeite de
dendê é enviado pelos seus parentes que ainda moram na Bahia. “O azeite
de lá é puro, verdadeiro. Faço tudo conforme a nossa tradição, tudo é
original”, disse.
Sônia Baiana se apresenta em vários municípios e no Rio de Janeiro
levando sua cultura e o nome de Mesquita. A “arretada baiana”, agora
quer mostrar o quê que a baiana tem.
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