Neste dia, os líderes de
30 dos 32 Estados africanos independentes assinaram uma carta de fundação, em
Addis Abeba, na Etiópia.
Em 1991, a OUA estabeleceu
a Comunidade Econômica Africana, e em 2002, a OUA estabeleceu o seu próprio
sucessor, a União Africana. No entanto, o nome e a data do Dia de África foram
mantidos como uma celebração da unidade Africana tema do Dia de África 2012 é “África
e da Diáspora”.
A celebração de Nova York
foi realizada em Nova York em 31 de maio de 2011. Em Nairobi, foi comemorado no
Parque Uhuru Recreational Park. Também deve ser notado que o Dia da África é
celebrada como um feriado público em apenas cinco países africanos, Gana, Mali,
Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe.
No entanto, as celebrações
são realizadas em alguns países africanos, bem como pelos africanos na
diáspora.
Introdução
O continente africano, palco
exclusivo dos processos interligados de hominização e de organização, é o único
lugar do mundo onde se encontram, em perfeita sequencia geológica, e
acompanhados pelas indústrias líticas ou metalúrgicas correspondentes, todos os
indícios da evolução da nossa espécie a partir dos primeiros ancestrais
hominídeos. A humanidade, antiga e moderna, desenvolveu-se primeiro na África e
logo, progressivamente e por levas sucessivas, foi povoando o planeta inteiro
E a imagem que
temos da África é a de um continente sem história. Sabemos hoje que os povos
africanos já navegavam os mares à procura da rota para as índias milênios antes
das caravelas portuguesas e espanholas.
Berço das primeiras civilizações
mundiais
Uma das
singularidades da África decorre do fato de esse continente ter sido o
precursor mundial das sociedades agro-sedentárias e dos primeiros Estados
burocráticos, particularmente ao longo do rio Nilo (Egito, Kerma e Kush). Ao
longo dos séculos, as riquezas destes Estados, assim como as riquezas do
império de Oxum, na parte oriental do continente, e do império de Cartago,
situado na porção setentrional, aguçaram a cobiça de inúmeros povos vizinhos,
desde o Mediterrâneo europeu (gregos e romanos) e o Oriente Médio semita
(hicsos, assírios, persas, turcos, árabes), até o sudeste asiático (indonésios)
Suas tragédias:
Mas grande parte do
continente ainda sofre com os efeitos da colonização europeia. O exemplo mais
gritante é o surto de ebola, que afeta países como Guiné, Serra Leoa, Libéria,
Mali, Senegal e Nigéria.
Algumas comunidades de
Serra Leoa já perderam mais de 10% da população, vítima do ebola. Essa doença
representa mais do que uma tragédia humana, também existe o desastre ecológico,
que contribuiu para a morte de milhares de gorilas e chipanzés, nossos parentes
genéticos mais próximos, por cepas do mesmo vírus. Cientistas calculam a morte
de cerca de 5000 gorilas no Congo e no Gabão entre 2002 e 2004, e de 88% da
população de chipanzés no Santuário Lossi.
Ou seja, o modelo imposto pelos colonizadores limita as possibilidades
de desenvolvimento do continente, contribui para a destruição de riquezas
naturais, e para a degradação do ambiente e da biodiversidade local.
Se liga:O surto recente do
ebola é um típico exemplo da ausência de saneamento ambiental e de políticas
sanitárias no continente africano, que oprimido pelo passado colonialista, pela
dívida externa, e pela pressão dos organismos financeiros internacionais (FMI e
Banco Mundial), da União Europeia e dos EUA, não consegue investir neste campo.
Faltam médicos,
medicamentos, e mecanismos de controle sanitário, como o acompanhamento da
propagação do ebola-vírus nos morcegos, que são o reservatório natural mais
provável da doença, em roedores e outras espécies.
O Ocidente também tem
fechado os olhos, como
sempre,
para as guerras civis e os conflitos militares, como o massacre de cerca de
2.000 pessoas na Nigéria, a maioria mulheres e crianças, pelo grupo extremista Boko
Haram, na
mesma época do atentado à revista francesa Charlie
Hebdo.
Assim as grandes agências de
notícias tentam isolar as vítimas do ebola nos limites da quarentena formada na
Libéria, Serra Leoa, Guiné e Senegal, também não se observou nenhuma indignação
em relação ao massacre da Nigéria. Nem passeatas, nem debates, muito menos o
bombardeio de notícias pela mídia. Não verificamos a solidariedade dos líderes
internacionais em razão deste atentado terrorista, ou de qualquer outro
massacre.
Seu povo sua Riqueza majestosa
A África é o segundo continente mais populoso do mundo (fica
atrás somente da Ásia). Possui, aproximadamente, 820 milhões de habitantes .
É
um continente basicamente agrário, pois cerca de 63% da população habitam o
meio rural, enquanto somente 37 % moram em cidades.
- No geral, é um continente pobre e subdesenvolvido, apresentando baixos
índices de desenvolvimento econômico. A renda per capita, por exemplo, é de,
aproximadamente, US$ 850,00. O PIB (Produto Interno Bruto) corresponde a apenas
1% do PIB mundial. Grande parte dos países possui parques industriais pouco
desenvolvidos, enquanto outros nem se quer são industrializados, vivendo
basicamente da agricultura.
- O principal bloco econômico africano é o SADC (Southern Africa Development
Community), formado por 15 países: África do Sul, Angola, Botswana, República
Democrática do Congo, Lesoto, Madagascar, Malaui, Maurícia, Moçambique,
Namíbia, Suazilândia, Seychelles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.
- Além da agricultura, destaca-se a exploração de recursos minerais como, por
exemplo, ouro e diamante. Esta exploração gera pouca renda para os países, pois
é feita por empresas multinacionais estrangeiras, principalmente da Europa.
- Os países africanos que possuem um nível de desenvolvimento um pouco melhor
do que a média do continente são: África do Sul, Egito, Marrocos, Argélia,
Tunísia e Líbia.
- Os principais problemas africanos são: fome, epidemias (a AIDS é a principal)
e os conflitos étnicos armados (alguns países vivem em processo de guerra
civil).
- Os índices sociais africanos também não são bons. O analfabetismo, por
exemplo, é de aproximadamente 40%.
- As religiões mais presentes no continente são: muçulmana (cerca de 40%) e
católica romana (15%). Existem também seguidores de diversos cultos africanos.
- As línguas mais faladas no continente são: inglês, francês, árabe, português
e as línguas africanas.
-
A África possui uma fauna rica e diversificada. Os principais animais que vivem
neste continente são: elefante africano, leão, zebra, rinoceronte, hipopótamo,
leopardo, hiena, gorila, chacal, chipanzé, girafa e avestruz.
A África é um continente com, aproximadamente, 30,27
milhões de quilômetros quadrados de terras. Estas se localizam parte no
hemisfério norte e parte no sul. Ao norte é banhado pelo mar Mediterrâneo; ao
leste pelas águas do Oceano Índico e a oeste pelo Oceano Atlântico. O Sul do
continente africano é banhado pelo encontro das águas destes dois oceanos.
A África também e aqui...
A maioria dos países que
compõem o continente africano apresenta muitas similaridades com o Brasil.
Primeiramente, os aspectos naturais de ambos têm em comum a presença de
extensas áreas florestadas, como a Amazônia brasileira e a Floresta Equatorial
do Congo. Em seus territórios estão localizados os dois maiores rios em volume
de água do mundo, o rio Amazonas e o rio Congo, respectivamente. Outro ponto em
comum são as enormes faixas de clima tropical recobertas por vegetação
esparsas, conhecida como Savanas, na África, e Cerrado, no Brasil. Na
literatura de língua inglesa, o Cerrado é conhecido como Brazilian Savanna,
ou seja, a Savana Brasileira.
O tráfico
negreiro e a escravidão determinaram o presente do nosso país. A população
vinda do continente africano criou aqui raízes, família, cultura, história.
Hoje, 53% dos brasileiros se declaram pretos ou pardos, de acordo com a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2013. Esse grupo é
grandemente desfavorecido. Dados tabulados pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) comprovam: eles são a maioria dos analfabetos, com a maior taxa
de distorção idade-série, e o trabalho infantil é mais comum entre eles do que
entre brancos
Finalizando
Dia da África ou a Semana da África,
celebrado no dia 25 de maio ou de 26 a 28 de maio, é um evento anual promovido
pelas Delegações Africanas Permanentes perante a UNESCO, que visa a aumentar a
visibilidade da África, destacando a diversidade de seu patrimônio cultural e
artístico.
No Brasil, o Programa Brasil-África:
Histórias Cruzadas celebra esse dia para promover o reconhecimento da
importância da interseção da história e da cultura africana com a história e a
cultura brasileira, buscando transformar as relações entre os diversos grupos
étnico-raciais que formam o país.
Esta celebração é uma oportunidade para
se organizar festividades culturais como, exposições artísticas, filmes, apresentações,
exposições gastronômicas e noites de gala. É também uma ocasião para se
organizar conferências e debates sobre várias questões importantes a respeito
do continente africano e das influências desse continente na história e na
cultura brasileira.
Um afro abraço.
Claudia Vitalino.
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