sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

VINTE JOVENS QUILOMBOLAS SÃO APROVADOS EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS!

Entre estes vinte jovens temos a primeira quilombola APROVADA no curso de MEDICINA, no campus I da Universidade Federal da Bahia, em Salvador. Marina Barbosa da Silva, 19 anos, participou de dois pré-vestibulares comunitários (GRIOT e Quilombola) e estava já no seu 06º vestibular para Medicina! “Meu grande sonho é me formar e voltar para a minha comunidade. Até porque lá nunca foi um médico e eu quero poder ajudar o meu povo”.

Atendendo jovens de comunidades quilombolas reconhecidas e identificadas de diversos municípios da região sudoeste da Bahia, o pré-vestibular quilombola aprovou vinte alunos do cursinho pré-vestibular quilombola de Vitória da Conquista em vestibulares 2011.1 da UESB, UFBA e UEFS. Com a aprovação das políticas de ações afirmativas, também conhecidas como cotas, em todas as universidades públicas da Bahia, algumas instituições adotaram cotas adicionais específicas para segmentos sociais mais atingidos pela desigualdade de oportunidades: quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência. O Pré-Vestibular Quilombola surgiu do forte incentivo da Educafro Nacional, através do Prof. Flávio que saiu de São Paulo e foi trabalhar naquela região. Foi um verdadeiro missionário da inclusão! A realidade de exclusão destacou a necessidade de uma preparação que viesse a suprir as lacunas acumuladas durante as trajetórias escolares dos jovens quilombolas desde a educação básica, com todas as dificuldades impostas pelos péssimos serviços públicos. Os outros obstáculos são: às grandes distâncias, escolas fora das comunidades, preconceito, pobreza e falta de recursos básicos, como transporte escolar e energia elétrica nas casas. “O povo organizado superou e venceu! Está é a nossa proposta para todos os pobres do Brasil: vamos nos organizar e vencer! Tudo isto só foi possível por causa da conquista das cotas que eliminou a concorrência injusta com os alunos ricos que tem dinheiro para pagar as melhores escolas, não trabalham e são tratados a bifinho e danoninho”, afirmou o Frei David. O que o povo negro e pobre de São Paulo deve fazer para tomar as vagas na MEDICINA, na ODONTO, no DIREITO, etc. da USP que continua sendo só ocupada pela classe dominante e, cada vez mais ampliando a exclusão do povo negro?
Qual é sua opinião?


Frei David Santos OFM
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