segunda-feira, 10 de agosto de 2015

A desigualdade social em nosso país tem cor!

No sentido de procurar esclarecer a tremenda desigualdade social em nosso país com relação a questão racial, colocamos alguns dados que desmistificam a falsa ideia da “democracia racial” no nosso país, como por exemplo: o rendimento médio dos homens não negro no Brasil 
é quase duas vezes e meia maior que o de homens negros e quase quatro vezes mais que as mulheres negras, segundo dados do IBGE, a partir de informações do PNAD .

A convivência entre estes atores se desenvolvia em um drama diário, acompanhado e testemunhado por muitos outros atores que, assim como eles, lutavam “pelo pão de cada dia”. Logo, cumpre-me apresentar a forma ritual como essa convivência complementar se viabilizava e, por fim, apontar para possibilidades de interpretação para duas categorias chaves inerentes àquele “processo ritual”: o derrame e o esculacho.

Nos chama a atenção nesses relatos o tom de absoluta naturalidade como foram veiculadas as histórias. Todavia, a liminaridade entre legalidade e ilegalidade em que viviam esses indivíduos não me podia passar despercebido. Nessa mesma direção, não  surgir como uma personagem envolvida nos conflito Adílio Cabral dos Santos. Geralmente como empreendedor de violência contra o personagem que e um dos raros caros que a Vitima trabalhador , negro...

"SUPERVIA ADMITE QUE AUTORIZOU TREM A PASSAR SOBRE CORPO DE HOMEM NO RIO"
Um trem passou por cima do corpo de um homem que havia sido atropelado por outro coletivo e estava estendido nos trilhos. Imagens mostram o momento em que o condutor, auxiliado por pelo menos outros dois funcionários que estão ao lado dos trilhos, passa pelo corpo na estação de Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro, na última terça-feira (28).
Há outras pessoas próximas aos trilhos, e os funcionários da empresa SuperVia, 
concessionária que administra o sistema, acenam para que o maquinista avance sobre o corpo. No dia do acidente, a empresa disse em nota que por volta das 17 horas agentes acionaram os Bombeiros para atender um homem que acessou a via irregularmente e foi atingido por um trem. A vítima é Adílio Cabral dos Santos, que havia pulado o muro e invadido o local dos trilhos. 

Vídeo mostra momento em que trem passa por cima do corpo de homem que já havia sido atropelado Segundo os Bombeiros, não foi feito chamado em relação à ocorrência, e que houve apenas um aviso, por volta das 19h15, para atender uma ocorrência de trauma não relacionada à morte, e que apenas durante o atendimento a equipe foi informada por funcionários de que havia um corpo na linha férrea. 
A Polícia Civil e a Agetransp, agência reguladora que fiscaliza os transportes no Rio de Janeiro, abriram investigação para apurar as responsabilidades. O episódio provocou a revolta do secretário estadual de Transporte, Carlos Roberto Osorio ( Será?...). Ele qualificou o caso como desumano e disse que a apuração vai verificar quem deu o comando e o motivo para que o trem passasse por cima do corpo. 

"Um absurdo, inaceitável. O centro de controle tem a visão de tudo que acontece no sistema, de que trem em cada trilho, e é ele que dá o comando ao maquinista. Se aquele trem estava irregularmente naquele trilho, alguma falha aconteceu e nós precisamos entender quem deu a autorização para que o trem prosseguisse, mesmo com o corpo na pista "


A exposição à violência e a tênue linha entre legalidade e ilegalidade Durante parte de minhas
viagens das percepções dos indivíduos acerca das instituições sociais, particularmente aquelas responsáveis pela segurança pública. Os discursos expressavam que a convivência com a violência...

“Se eles vem, eu não vou. Se eles estão num canto eu tô no outro. E assim vou passando o dia e levando pra casa o leite dos meninos” (Camelô falando de seu cotidiano nos trens)


"A respeito do Concurso de crimes tais como, Violação e profanação do código penal brasileiro (art.210)"

Concluindo:

Costuma-se dizer, no Brasil, que “Deus ajuda a quem cedo madruga”. A expressão busca inferir legitimidade social a quem trabalha. Toda uma rede social estaria disponível para o ator social que vive do trabalho. Geralmente, a crença neste adágio, talvez em função de processos políticos endógenos, associa legitimidade a direitos sociais que deveriam ser providos pelo Estado. Todavia, nem todos que acordam cedo são considerados oficialmente trabalhadores. Logo, o Estado por aqui não lhe confere direito social algum e, pior, pode não 
lhe reconhecer direitos civis. Conseqüentemente, há situações em que o arbítrio e a violência de indivíduos que se apropriam da representação estatal comprometem a expectativa dessa legitimidade.

Um afro abraço.



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Postado por UNEGRO/Rio de Janeiro no UNEGRO- RIO DE JANEIRO em 7/31/2015 10:18:00 AM

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