quarta-feira, 15 de maio de 2019

Troféu Rainha Nzinga 2019 na otica de Maria Catarina Laborê

Maria Catarina Laborê

O meu desejo, enquanto mulher negra e rainha combativa é que cada rainha seja referencial determinante para seguir adiante, em cada local e momento onde se encontrar. Esta iniciativa, única em nosso país tem o dever de ser promissor e ousado por cada uma de nós. Rainha Nzinga Mbandi
Uma das maiores governantes da história da África.
O maior símbolo da resistência africana à colonização foi uma mulher, deve traduzir em cada rainha coroada, este ideal libertário. O empoderamento remete à condição de ação individual e coletiva ligada a consciência social, libertação das opressões, conquista de direitos, autonomia, sentimento de pertencimento e identidade, poder sobre seu destino e sobre seu corpo. O empoderamento remete à força individual e coletiva. Essa luta, que envolve as mulheres em geral, é maior para mulheres negras, indígenas e trans, porque lutam contra um nível de opressão maior e acabam acumulando uma força maior. Os resultados virão se um trabalho sério for realizado. E segue meus parabéns a todas vocês, que hoje somam cerca de 150 mulheres negras, que pelo trabalho muito instigante e provocador e que não tem sido nada fácil, para o idealizador do Troféu Rainha Nzinga, Hilário Bispo da Fonseca,vem construindo esta pauta histórica pela valorização da mulher negra em nosso país desde 2015.Nestes 131 anos de uma farsa Abolição da Escravidão no Brasil ,o racismo estrutural imposto no Brasil depois da Abolição é sentida inclusive na frase do presidente Jair Bolsonaro, que, em uma entrevista à TV, afirmou que “o racismo é uma coisa rara” no País. Neste sentido, irmãs rainhas, este é o ranço da Abolição que sem dúvida é mais desafiante para nós! Desejo um ótimo evento em todos os sentidos e que principalmente seja pilar fundamental para nossas lutas em ações concretas. Grande beijo em cada uma.

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