terça-feira, 14 de setembro de 2010

O Nascimento do Candomblé


O Nascimento do Candomblé
Baba Alafandejò Raiz KETU ILÉ ODÓ OGÉ

O candomblé nasceu da necessidade de fincar em território brasileiro a essência de uma cultura massacrada na África e que não poderia mais sobreviver "in loco" de sua forma original por causa da desestruturação de seus reinos.

Muitos desses negros eram verdadeiras autoridades em sua terra, imigrantes da elite e da nobreza local.

Representantes como IYÁ DETÁ, IYÁ KALÁ e IYÁ NASSÔ deram a diretriz feminina na formação do culto de origem africana na Bahia, tendo suma contribuição de líderes masculino como BABÁ ASIPÁ E BANGBOSÉ OBITIKÔ (Rodolpho Martins Andrade), este último trazendo ÒSÚ em seu ORÍ, ou seja, o fundamento, ajudando a estruturar o culto a XANGÔ.Celebre integrante do reino de OYÓ, Bangbosé Obitikô é a figura que carrega o "OXÉ", o instrumento significativo do poder, respeito e dominação do Orixá Xangô, exercendo cargo de suprema relevância no reino africano, Obitikô foi a presença, masculina e o embassamento necessário á fundamentação do candomblé na Bahia.Trilhando lições básicas e mistérios da Mama África nos desígnos dos seus Deuses, Bangbosé tornou-se patrono dos ensinamentos no novo mundo. Junto com Iyá Nassô, MARCELINA OBATOSSÍ e outros elementos do culto, ratificou a grande representatividade negro-africana hoje no Brasil, personificada na religião do candomblé.

Do IYÁ OMIN ASÉ AIRÁ INTILÉ, na barroquinha, ao ILÊ ASÉ IYÁ NASSÔ OKÁ, hoje terreiro da Casa Branca na Vasco da Gama, a célula mãe da vertente candoblecista na Bahia, nasceu também o terreiro Làjoumim, em 1941, dirigido Caetana America Sowzer, herdeira da tradição Bangbosé.

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