Comida di Preto
A comida africana tradicional provê uma dieta variada, geralmente rica em vitaminas e sais minerais, incluindo vitamina A, ferro e cálcio. Por volta do século XVI, a alimentação cotidiana na África, que foi incorporada à comida brasileira pelos escravos, incluía arroz, sorgo, milho, cuscuz, mungunzá, canjica, feijão-preto, toucinho, carne-seca, laranjas, bananas, farinha de mandioca, açafrão, óleo de dendê, leite de coco e outras iguarias. A carne era predominante de caça (antílopes, gazelas, búfalos e aves). Os alimentos eram preparados assados, tostados ou cozidos. Como tempero utilizava-se pimentas e óleos vegetais, como o azeite de dendê. A alimentação dos escravos, nas propriedades ricas, incluía o que conseguissem pescar e caçar; e nas pobres era de farinha, laranja e banana.
Toda essa contribuição da culinária africana no paladar brasileiro justifica a realização do primeiro Comida di Preto em Montes Claros.
Apresentar várias nuances das comidas afro-brasileira como forma de resgatar os ideais de liberdade e a cultura do afro-brasileiro, fazendo também uma reflexão social sobre a atual condição dos afro-brasileiros na atualidade. Manter viva a memória da culinária africana, levando essa consciência para a população norte-mineira. Promover inter-relações culturais lúdicos-artísticas, sejam do ponto de vista social ou estético. Desenvolver a conscientização e integração através do Projeto Cultural Comida di Preto. Ao longo de nossa história, como afirma o documentário “Cultura Negra Resistência e identidade”, a comida africana reflete as tradições nativas da África, assim como influências árabes, europeias e asiáticas. O continente africano é a segunda maior massa de terra do planeta e berço de milhares de tribos, etnias e grupos sociais. Essa diversidade reflete-se na cozinha africana, no uso de ingredientes básicos, assim como na preparação e técnicas culinárias.
Há diferenças significativas nas técnicas culinárias e nos hábitos de comer e beber do continente entre as regiões norte, leste, oeste, sul e central. Porém, em quase todas as culturas africanas, a culinária usa uma combinação de alimentos disponíveis localmente, como grãos, vegetais, leite e carne. Em algumas partes da África, a comida tradicional tem predominância de leite, coalhada e soro de leite. Entretanto, em boa parte da África tropical, o leite de vaca é raro. Vegetais ocupam um papel importante na culinária africana, sendo a principal fonte de vitaminas e fazendo parte de vários pratos constituídos de milho, mandioca, inhame e feijão. Esses vegetais também fornecem fonte secundária de proteínas. Em geral, folhas verdes e hastes jovens são coletadas, lavadas, cortadas e preparadas no vapor ou fervidas em combinação com especiarias e outros vegetais como cebola e tomate.
A maioria dos vegetais mais importantes na comida africana tem origem fora da África. Milho, feijão, mandioca e abóbora são originários das Américas e foram introduzidos na África pelos europeus no século XVI. A maior parte do vegetais verdes africanos são resistentes à seca. A comida africana tradicional provê uma dieta variada, geralmente rica em vitaminas e sais minerais, incluindo vitamina A, ferro e cálcio. Por volta do século XVI, a alimentação cotidiana na África, que foi incorporada à comida brasileira pelos escravos, incluía arroz, feijão, sorgo, milho e cuscuz. A carne era predominante de caça (antílopes, gazelas, búfalos e aves). Os alimentos eram preparados assados, tostados ou cozidos. Como tempero utilizava-se pimentas e óleos vegetais, como o azeite de dendê.
A alimentação dos escravos nas propriedades ricas incluía canjica, feijão-preto, toucinho, carne-seca, laranjas, bananas, farinha de mandioca e o que conseguisse pescar e caçar; e nas pobres era de farinha, laranja e banana. Os temperos utilizados na comida eram o açafrão, o óleo de dendê e o leite de coco. O cuscuz já era conhecido na África antes da chegada dos portugueses ao Brasil, e tem origem no norte da África, entre os berberes. No Brasil, o cuscuz é consumido doce, feito com leite e leite de coco, a não ser o cuscuz paulista, consumido com ovos cozidos, cebola, alho, cheiro-verde e outros legumes. O leite de coco é usado para regar peixes, mariscos, arroz de coco, cuscuz mungunzá e outras iguarias.
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