O dia 13 de maio é uma data
para uma reflexão e não para comemorar, mesmo com a abolição da
escravatura, os negros continuam escravos de um país racista. O
racismo nasce no Brasil associado à escravidão mas é principal
após a abolição que ele se estrutura como discurso, com base nas
teses de inferioridade biológica dos negros, e se difunde no país
como matriz para interpretação do desenvolvimento nacional, e
amplamente reconhecida como princípio ativo do processo de
colonização. Como lembra Boaventura de Souza Santos, o colonialismo
assentou-se historicamente no racismo, que teve ali um papel de
“princípio nacional de base. A valorização do homem branco e de
sua cultura não desaguou ou mesmo em um projeto de nação de acordo
na afirmação de superioridade racial. O racismo é um dos
principais fatores das injustiças sociais que acometem a sociedade
brasileira, e consequentemente, é a chama para entender as
desigualdades sociais que ainda envergonham o país.
Igualdade é para valer. Todos
Coordenadoria de Igualdade
Racial
juntos por um país sem racismo, onde todas as pessoas tenham os
mesmos direitos. Um país onde mulheres e homens, independentemente
da sua cor, possam crescer exercer sua cidadania de forma plena,
desfrutando igualmente dos direitos económicos, culturais, sociais,
civis e políticos, sem distinção. Um grande movimento para unir o
Brasil de ponta a ponta, como uma grande nação. O importante é
mobilizar o país, promover ações em todas as camadas sociais,
conversar abertamente sobre o assunto, buscar soluções e dar um
passo à frente nos caminhos pelo fim do racismo.
Vera Nice dos Santos
Coordenadoria de Igualdade
Racial
Municipio de Montes Claros/MG
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