terça-feira, 24 de junho de 2008

Jongo é uma manifestação cultural essencialmente rural, diretamente associada à cultura africana no Brasil

Jongo é uma manifestação cultural essencialmente rural, diretamente associada à cultura africana no Brasil e que influi poderosamente na formação do samba carioca em especial a cultura popular brasileira como um todo.
Inserindo-se no âmbito das chamadas “danças de umbigada” (sendo, portanto aparentada com o “semba” ou “masemba” de angola), o Jongo foi trazido para o Brasil por negros bantu, seqüestrados nos antigos reinos de angola e do congo na região compreendida hoje por boa parte do território da república de Angola.
Composto por músicas e danças características, animadas por contendores que se desafiam por meios da improvisação, ali, no momento, com cantigas ou pontos enigmáticos (“amarrados”), o Jongo tem provavelmente, como uma de suas origens mais remotas (pelo menos no que diz respeito à estrutura dos pontos cantados), o tradicional jogo de adivinhas angolano denominado Jinongonongo.
Participam homens e mulheres, mas em sua forma original, restrita aos iniciados ou mais experientes da comunidade.
VALORES
Um valor relacionado a normas éticas e sociais ainda hoje vigentes na sociedade tradicional angolana, baseadas na obediência a um conselho de indivíduos “mais velhos” e no “culto dos ancestrais”.
Dançando e cantando outrora com o acompanhamento de urucungo (arco musical bantu, vulgarmente conhecido hoje como berimbau), viola e pandeiro, além de três tambores cerimônias, utilizados até os nossos dias, chamados de “caxambu”, o maior – que dá nome a manifestação em algumas regiões – “Candongueiro”, o menor e o tambor de fricção “Ngoma-puíta” (que deu origem à cuíca do Samba), o Jongo ainda hoje é bastante praticado em diversas cidades de sua região original: O Vale do Paraíba, na Região Sudeste do Brasil, ao sul do Estado do Estado do Rio de Janeiro e ao Norte do estado de São Paulo.
Entre as diversas cidades que mantêm (ou até recentemente mantiveram) a prática desta manifestação, pode se citar, por exemplo, as localidades na periferia das cidades de Valença, Vassouras, Paraíba do Sul e Barra do Piraí (Rio de janeiro) além de Guaratinguetá e Lagoinha (São Paulo), com reflexos na região dos rios Tietê, Pirapora e Piracicaba, também em São Paulo (onde ocorre manifestação muito semelhante ao jongo conhecida pelo nome de “batuque”) e até em certas localidades no sul de Minas Gerais.
Entre os precursores da implantação do Jongo nesta área se destacaram a ex-escrava Maria Teresa dos Santos e muitos de seus parentes ou aparentados além de diversos vizinhos da comunidade, entre os quais, Mano Elói (Eloy Anthero Dias), Sebastião Mulequinho e Tia Eulália.
A partir de meados da década de 70, no mesmo Morro da Serrinha, o músico percussionista Darcy Monteiro (mais tarde conhecido como “Mestre Darcy”), a partir dos conhecimentos assimilados com sua mãe, a rezadeira Maria Joana Monteiro (discípula de Vó Teresa), passando a se dedicar à difusão das tradições do Jongo da Serrinha.
CANDOMBLÉ (REGIÃO DO NORTE DE MINAS)
Nos séculos XIV e XIX navios negreiros vindos da África desembarcavam no Brasil, trazendo juntamente com os negros toda a sua carga cultural. Os cultos africanos, desconhecidos naquela época pelos colonizadores portugueses, foram considerados como feitiçarias, porém, em média um século pós-abolição da escravatura, a sua concepção foi modificada, tornando-se uma das religiões mais populares no Brasil.
Denominado como candomblé, o culto as divindades africanas é hoje um dos maiores símbolos da resistência da cultura negra no Brasil. A diversificação de “nações” existentes se dá pela representação dos diferentes grupos étnicos provindos da África.
O candomblé Bantu herança das regiões africanas do Congo, Angola, Moçambique e outros, considerada primitiva quando comparada a outras nações como a dos Yorubás, possui atualmente pouca representação e estudos. No norte de Minas Gerais, o Candomblé Bantu se caracteriza pela diversidade de ritos dos Candomblés da Nação Angola. Esta diversificação possivelmente acontece devido à variedade dos precursores dos cultos aos Inkisses (como são denominados os Deuses cultuados pela nação Batu) em solos brasileiros.
FESTA DO ROSÁRIO
Influenciada pela cultura Africana, a Festa do Rosário trata-se de uma manifestação cultural religiosa até hoje realizada no mês de agosto nas ruas das cidades do Norte de Minas Gerais em especial na cidade e de Montes Claros.
Em sua totalidade, a festa é composta pelos catopés - representando os negros, a marujada - representando os portugueses e os caboclinhos - representando os índios. Muita dança e cantos invadem as ruas da cidade através dos três cortejos que reverenciam São Benedito, Divino Espírito Santo e Nossa Senhora. Estes, por sua vez, seguem para frente da Igreja do Rosário, local onde acontece o ponto máximo da festa.
O Fitas – grupo de tradições folclóricas apresenta em seu repertório a Festa do Rosário, sendo esta considerada uma das principais manifestações religiosas do Norte de Minas.
23/06 - 15:51
Capoeira pode virar patrimônio nacional
23/06 - 15:51
Concurso e que influi poderosamente na formação do samba carioca em especial a cultura popular brasileira como um todo.
Inserindo-se no âmbito das chamadas “danças de umbigada” (sendo, portanto aparentada com o “semba” ou “masemba” de angola), o Jongo foi trazido para o Brasil por negros bantu, seqüestrados nos antigos reinos de angola e do congo na região compreendida hoje por boa parte do território da república de Angola.
Composto por músicas e danças características, animadas por contendores que se desafiam por meios da improvisação, ali, no momento, com cantigas ou pontos enigmáticos (“amarrados”), o Jongo tem provavelmente, como uma de suas origens mais remotas (pelo menos no que diz respeito à estrutura dos pontos cantados), o tradicional jogo de adivinhas angolano denominado Jinongonongo.
Participam homens e mulheres, mas em sua forma original, restrita aos iniciados ou mais experientes da comunidade.
VALORES
Um valor relacionado a normas éticas e sociais ainda hoje vigentes na sociedade tradicional angolana, baseadas na obediência a um conselho de indivíduos “mais velhos” e no “culto dos ancestrais”.
Dançando e cantando outrora com o acompanhamento de urucungo (arco musical bantu, vulgarmente conhecido hoje como berimbau), viola e pandeiro, além de três tambores cerimônias, utilizados até os nossos dias, chamados de “caxambu”, o maior – que dá nome a manifestação em algumas regiões – “Candongueiro”, o menor e o tambor de fricção “Ngoma-puíta” (que deu origem à cuíca do Samba), o Jongo ainda hoje é bastante praticado em diversas cidades de sua região original: O Vale do Paraíba, na Região Sudeste do Brasil, ao sul do Estado do Estado do Rio de Janeiro e ao Norte do estado de São Paulo.
Entre as diversas cidades que mantêm (ou até recentemente mantiveram) a prática desta manifestação, pode se citar, por exemplo, as localidades na periferia das cidades de Valença, Vassouras, Paraíba do Sul e Barra do Piraí (Rio de janeiro) além de Guaratinguetá e Lagoinha (São Paulo), com reflexos na região dos rios Tietê, Pirapora e Piracicaba, também em São Paulo (onde ocorre manifestação muito semelhante ao jongo conhecida pelo nome de “batuque”) e até em certas localidades no sul de Minas Gerais.
Entre os precursores da implantação do Jongo nesta área se destacaram a ex-escrava Maria Teresa dos Santos e muitos de seus parentes ou aparentados além de diversos vizinhos da comunidade, entre os quais, Mano Elói (Eloy Anthero Dias), Sebastião Mulequinho e Tia Eulália.
A partir de meados da década de 70, no mesmo Morro da Serrinha, o músico percussionista Darcy Monteiro (mais tarde conhecido como “Mestre Darcy”), a partir dos conhecimentos assimilados com sua mãe, a rezadeira Maria Joana Monteiro (discípula de Vó Teresa), passando a se dedicar à difusão das tradições do Jongo da Serrinha.
CANDOMBLÉ (REGIÃO DO NORTE DE MINAS)
Nos séculos XIV e XIX navios negreiros vindos da África desembarcavam no Brasil, trazendo juntamente com os negros toda a sua carga cultural. Os cultos africanos, desconhecidos naquela época pelos colonizadores portugueses, foram considerados como feitiçarias, porém, em média um século pós-abolição da escravatura, a sua concepção foi modificada, tornando-se uma das religiões mais populares no Brasil.
Denominado como candomblé, o culto as divindades africanas é hoje um dos maiores símbolos da resistência da cultura negra no Brasil. A diversificação de “nações” existentes se dá pela representação dos diferentes grupos étnicos provindos da África.
O candomblé Bantu herança das regiões africanas do Congo, Angola, Moçambique e outros, considerada primitiva quando comparada a outras nações como a dos Yorubás, possui atualmente pouca representação e estudos. No norte de Minas Gerais, o Candomblé Bantu se caracteriza pela diversidade de ritos dos Candomblés da Nação Angola. Esta diversificação possivelmente acontece devido à variedade dos precursores dos cultos aos Inkisses (como são denominados os Deuses cultuados pela nação Batu) em solos brasileiros.
FESTA DO ROSÁRIO
Influenciada pela cultura Africana, a Festa do Rosário trata-se de uma manifestação cultural religiosa até hoje realizada no mês de agosto nas ruas das cidades do Norte de Minas Gerais em especial na cidade e de Montes Claros.
Em sua totalidade, a festa é composta pelos catopés - representando os negros, a marujada - representando os portugueses e os caboclinhos - representando os índios. Muita dança e cantos invadem as ruas da cidade através dos três cortejos que reverenciam São Benedito, Divino Espírito Santo e Nossa Senhora. Estes, por sua vez, seguem para frente da Igreja do Rosário, local onde acontece o ponto máximo da festa.
O Fitas – grupo de tradições folclóricas apresenta em seu repertório a Festa do Rosário, sendo esta considerada uma das principais manifestações religiosas do Norte de Minas.

Um comentário:

Anônimo disse...

muito bom vale A pena entregar um trabalho com esse conteúdo