domingo, 12 de outubro de 2008

Elementos para uma História da Capoeira em Sorocaba - Período 1850–1930

André Luiz Lace LopesCarlos Carvalho CavalheiroSorocaba, Ago/2008.




“Por que”, certamente o leitor perguntará, “elementos para uma história da capoeira”?É que até a presente data, surpreendentemente, muito pouco se publicou sobre a História da Capoeiragem em solo paulista e quase nada, especificamente, sobre a História da Capoeiragem em Sorocaba.Inexiste em Sorocaba, infelizmente, uma biblioteca especializada, um Arquivo Público, um Centro de Memória que facilite esse trabalho de pesquisa. Quadro que se agrava pelo fato do Arquivo Forense está atualmente sob responsabilidade de uma empresa particular (medida gerencial talvez prática, mas condenável por alguns especialistas em Direito Administrativo) o que praticamente impossibilita a consulta aos processos, especialmente os “enterrados” no Arquivo Morto. O leitor, em seguida, certamente também cobrará justificativa para a limitação do trabalho ao período 1850-1930.É que para esse período foi razoavelmente fácil encontrar informações jornalísticas, literárias e governamentais. Também, através de entrevistas, foi possível reunir informações interessantes. O registro mais antigo que encontramos, em documentos referentes à Sorocaba, data de 1850. Um registro da palavra Capoeira com sentido indiscutível de luta e expressão corporal. Daí nossa decisão de tomar esse ano como marco inicial, não significando com isso, que, através de estudos mais aprofundados seja possível recuar essa data significativamente.O marco final - 1930, marca a década em que as manifestações espontâneas registradas em vários pontos do Brasil começam a ensejar formas mais institucionalizadas, como o surgimento de “academias” de capoeira. Difícil precisar os locais pioneiros, tanto das manifestações espontâneas como das tentativas iniciais de institucionalização da Capoeira. Até porque, há tendência natural, até um pouco ingênua, de cada Parte entender-se como Todo, ou seja, cada região concentrar estudos dentro de sua própria área, esquecendo de cotejá-los com os produzidos pelas demais regiões. Evento dado como pioneiro em um determinado estado, de repente, descobre-se que houve outro (ou outros) ainda mais importante, décadas atrás, em alguma outra região...O estudo das cidades, entretanto, em todo mundo, ao longo do tempo, revela que toda cidade-central, cidade-capital exerce grande fascínio sobre as demais, que procuram copiar seus costumes e modismos. Vai daí que, sem sombra de dúvida, os registros mais antigos e significativos sobre a Saga da Capoeira e do Capoeira, nós vamos encontrar nos jornais e revista e relatórios governamentais do Rio de Janeiro. Realmente, garimpagem que começam a fazer, com seriedade, nas maiores bibliotecas brasileiras (Rio de Janeiro e São Paulo), na Biblioteca Nacional de Lisboa, na Torre de Tombo, nas principais bibliotecas africanas vai relevando centenas, milhares de registros incontestáveis, todos apontado para a Capoeiragem. Boa parte desses registros não deixa dúvida sobre a fundamental importância do Rio de Janeiro no desenvolvimento da Capoeira no Brasil. De cabeça, qualquer pesquisador junior nessa fascinante área, será capaz de citar um expressivo número de romances e crônicas consagrados, todos produzidos no Rio de Janeiro: “Memórias de um Sargento de Milícias” (Manuel Antônio de Almeida, 1854); “Os Capoeiras” (Plácido de Abreu Morais, 1886); “O Cortiço” (Aluisio Azevedo, 1890); “O Nosso Jogo” (Bazar - Coelho Netto, 1922); o misterioso livreto de ODC (1908); o didático livro Gymnastica Nacional (Capoeiragem) Methodisada e Regrada (Annibal Burlemaqui, 1928)...E quanto ao Mestre Cyriaco que, em 1909 já ensinava Capoeira aos acadêmicos de medicina, no Rio de Janeiro? Com golpes e movimentos devidamente divulgados em jornais de circulação nacional? E quanto à vitória histórica desse mesmo moleque Cyriaco. Vencendo o campeão japonês de jiu-jítsu, Sado Myaco, contratado em 1909, pela Marinha de Guerra Brasileira, para ensinar arte de defesa japonesa aos marinheiros?E as famosas e poderosas Maltas de Capoeira do Rio Antigo, a Turma da Lyra, os Cafajestes, os Escovados, as primeiras academias (década dos 20), entre elas a de Jayme Ferreira e, logo adiante, do extraordinário Agenor Sampaio (Sinhozinho)?Vamos jogar tudo isso no lixo, não serviu para nada, não influenciou em nada as capoeiras eventualmente praticadas nesse ou naquele estado do “interior”? Tais registros, literários, jornalísticos, fotográficos enchiam os olhos dos capoeiras de todo o Brasil. Não sem razão, portanto, na Bahia, Mestre Bimba declarou aos jornais: “a capoeira deve ser regulamentada nos moldes preconizados por Zuma Burlamaqui”. Também foi Bimba que reconheu que a Capoeira, na sua forma de Luta teria que esquecer o berimbau. Exatamente como faziam os lutadores de capoeira no Rio de janeiro (Sinhozinho, entre outros).Em 1920 um jornal de Sorocaba anuncia, por exemplo, o intento de Raul Pederneiras e Mário Aleixo de fundarem uma academia de ensino da capoeira na cidade do Rio de JaneiroO casamento da capoeira com o berimbau, porém, prevaleceu. Tanto assim que o jogo-arte passou a ser incluído nos espetáculos artísticos. O antigo Cassino da Urca, até que apareça exemplo anterior, em seus internacionais espetáculos produzidos para turistas, mostrando as atrações de cada estado brasileiro, não mostrava a “feia” luta e capoeira dos cariocas, mostrava, sim, a espetaculosa dança de capoeira baiana, acompanhada do não menos espetacular dança-luta de maculelê, a poética e melodiosa pesca do xareu e o sensual samba de roda. Os teatros da Praça Tiradentes copiaram esse filão, sendo que hoje em dia, no Rio de Janeiro, em São Paulo, na Bahia e em vários outros estados e nos palcos internacionais é comum a apresentação de shows para turista incluindo a capoeira-dança junto com o maculelê e com a dramatização da pesca do xaréu. E, também, é claro, com a Dança dos Orixás.E foi, sobretudo, com esse desenho, nesse pacote turístico,, que a capoeira tomou conta do mundo, uma dramatização de luta. Daí porque, viajando pelo mundo, verifica-se que quase todo mestre de capoeira tem também seu elenco artístico de maculelê, dança de orixás etc: Camisa Roxa e Camisinha (hoje Camisa), Acordeon, para citar apenas três bons exemplos dentro do estilo chamado Regional.Outra variável, para se entender a marcha da Capoeiragem no Brasil é o comportamento dos governos para com ela. No início, quase sempre condenando, mas, pouco a pouco, tolerando-a e, muitas vezes, até manipulando-a. Especialmente os governos fortes, as ditaduras, procuram identificar e cooptar as lideranças populares, ainda mais se for um bom mestre de capoeira.Há indícios e já existem algumas boas pesquisas apontando inúmeros casos de manipulação da capoeira e de alguns mestres de capoeira por esse ou aquele governo, por esse ou aquele partido político. Há quem defenda até que a Capoeira, por força dessa manipulação, tenha sido domesticada, embranquecida e aburguesada, abandonando sua feição inicial, deixando de ser um "perigo subversivo à ordem constituída”.Entretanto, como alguns professoram com muita propriedade, a capoeira tem mecanismo próprio de preservação, assim como o “samba, que agoniza, mas não morre” (crédito para Nelson Sargento), acaba conservando sua essência.Foi assim que, lá pelas tantas, a Confederação Brasileira de Pugilismo descobriu que a Capoeira era uma de suas filiadas, e começou timidamente a promovê-la.Não a capoeira-luta, sem berimbau, “feia”, mas a capoeira-dançante. Paralelamente ao esforço da CBP, a Campanha Nacional do Folclore promovia também bons espetáculos com a capoeira musical. Vários grupos, herdeiros culturais das velhas maltas foram se fortalecendo, um deles, o Grupo Senzala, inicialmente com a proposta de divulgar dois estilos de capoeira de Salvador – a Angola e a Regional – mas que acabou, por motivo de força maior, concentrando esforços na divulgação da Regional. Embora muito abandonado, ninguém pode negar, o Rio ainda faz ressoar, e o Grupo Senzala fez ressoar a Regional até mesmo dentro do seu berço, Salvador. Como conseqüência foi surgindo artigos, crônicas e livros sobre esse tipo de capoeira. Sem a mesma preocupação e força divulgatória os demais estilos de capoeira, todos com riquezas próprias foram perdendo terreno, alguns até desaparecendo, o que é lamentável, pois empobrece a própria Capoeira. O mesmo raciocínio pode ser aplicado aos componentes do atual pacote nacional e internacional, sempre incluindo o maculelê e o samba de roda. Por que não incluir o Jongo, o Tambor de Mina, o mestre-sala (que no início era sempre um bom capoeira) e a porta-bandeira e assim por diante? Ou seja, que cada região, que cada estado passe a apresentar sua capoeira (seja ela qual for) incluindo outros componentes típicos da cultura popular da região. Também as ladainhas, chulas, preceitos e improvisos outros, com todo respeito e admiração ao acervo histórico já consagrado, devem contemplar temas locais, nacionais e até mundial. Afinal, o cantador de capoeira é um cronista, é um jornalista dessa nossa Aldeia Global.É com essas lentes que apresento esse modesto estudo sobre a Capoeira-gem e manifestações afins na Cidade de Sorocaba. Sou contra qualquer hegemonia, por definição, essas, podem até empolgar de início, mas, em longo prazo, empobrecem e jogam na mesmice seu falso patrimônio eterno.Alguém, ainda, poderá argumentar: “Em termos práticos, o que adiantará resgatar, a história da capoeira em Sorocaba? Já não está definido que a Capoeira que está mandando no mundo é a Regional (ou a Angola, que cada um escolha de acordo com a própria preferência)”?E mais, se não há filme sobre a capoeira da região, ensinando o que de bom se fazia na Sorocaba de antanho, para que servirá escrever sobre isso?E quanto ao paulista-carioca Senhor Agenor Sampaio, o famoso Sinhozinho, adiantará escrever sobre ele? Alguém o terá visto jogar?Ora, e alguém viu Besouro Cordão de Ouro jogar?Mas todos o veneram e acham importante falar dele, entende-lo como referência (?). Certo?Há um filme que permita analisar minuciosamente as vitórias de Bimba sobre outros capoeiras e mesmo lutadores de outras lutas?Não estamos negando os inquestionáveis méritos do extraordinário baiano, mas a capoeira regional que se pratica hoje, em todas as suas vertentes, é exatamente a que Bimba praticava? É igualmente eficaz, superior a todas demais e também as outras modalidades de lutas? Senão confrontos de verdade, pelo menos “laboratórios” deveriam ser realizados nesse sentido. Ganhariam os capoeiras e a Capoeira.Assim como será possível, sim, enriquecer a História (Fundamento, Teoria e Prática) da Capoeiragem garimpando mais profundamente as extraordinárias contribuições de Sinhozinho. O mesmo raciocínio é claro, aplicando-se a vários outros centros e estilos de capoeira, incluindo-se aí, modestamente, a Cidade de Sorocaba...Essa é a intenção do presente trabalho, sem negar que esforço de maior monta, entretanto, deverá mergulhar mais fundo nesse extraordinário filão capoeiristico que enriquecerá expressivamente a História Geral da Capoeiragem Afro-Brasileira. Os dados que aqui serão expostos, portanto, têm por finalidade auxiliar na construção da história da capoeira em Sorocaba, sem a pretensão de apresentar uma versão definitiva, acabada dos fatos. O interesse aqui, portanto, é buscar as informações sobre essa capoeira informal, aprendida com a observação da atuação do outro. Feitas essas considerações, passamos a discorrer sobre alguns detalhes dessa prática. A menção mais antiga que se tem do termo capoeira na cidade de Sorocaba, até o presente momento, é a do Código de Posturas da Câmara Municipal, promulgado em datado de 1850, que, no seu Art. 151 estabelece:
“Toda a pessoa que nas praças, ruas, casas públicas, ou em qualquer outro lugar tão bem público praticar ou exercer o jogo denominado de Capoeiras ou qualquer outro gênero de luta, sendo livre será preso por dois dias, e pagará dois mil reis de multa, e sendo cativa será preso, e entregue a se o senhor para o fazer castigar naquela com vinte cinco açoites e quando não faça sofrerá o escravo a mesma pena de dois dias de prisão e dois mil réis de multa”
Dispositivo que foi mantido em duas novas edições do mencionando código: em 1865 (Art. 27; em 1871 (Art. 73) até a edição 1882 quando o termo “capoeiras é excluído do Código.Ao adentrar o século XX as notícias sobre a capoeira em Sorocaba aparecem com mais clareza, informando, com alguns detalhes, sobre a existência do jogo e da prática dessa luta. Uma das publicações nos jornais sorocabanos alerta para a existência de um barbeiro no início do século, e que seria um “capoeira desconjuntado’”. Era conhecido como Benedicto Gostoso. [1] Em 1914 é veiculada na imprensa sorocabana uma nota ligando a capoeira com a promoção de desordens ou como prática comum de desordeiros, na qual Olympio Monteiro teria levado vantagem numa contenda com Antônio Francisco da Silva (vulgo Grão de Bico), o qual, mesmo armado de enorme faca não conseguiu atingir a Olympio porque este se esquivara num “zig-zag de verdadeiro capoeira”.[2] Já na década de 1920 outras notícias da imprensa escrita autorizam a afirmação da existência de capoeiras em Sorocaba. Uma delas trata de um sutil comentário do jornalista acerca de fato policial de ordem doméstica em que a esposa se queixa de ser esmurrada pelo seu marido e que para se defender, passa-lhe rasteiras derrubando-o ao chão. O redator da nota acrescenta que “se é assim, não há de que zangar-se a Jovita, que se diverte em capoeiragem com o inexperto marido...”. [3] Mesmo que a própria nota não afirme a prática da capoeira, antes condiciona o comentário à informação prestada pela queixosa; o texto serve para demonstrar que, ao menos no senso comum, em Sorocaba existia uma vaga noção do que seria a capoeira: uma luta (usada como defesa, talvez), em que se utiliza a habilidade de golpes de perna, especialmente a rasteira. O redator da nota jamais teria citado a capoeira se esta não fosse conhecida do público sorocabano. Outra notícia, mais esclarecedora, fornece alguns outros dados, a despeito de ter redação parcimoniosa. Trata-se de um acidente em que dois operários se feriram com faca por estarem brincando de capoeira no pátio da Estação Sorocabana. [4] Aparentemente a capoeira em Sorocaba continuou sendo uma prática informal, uma forma de diversão, especialmente entre os negros, que a jogavam nos campos de futebol, nos largos, nas ruas. Há referências sobre essa prática no antigo Largo de Santo Antônio e também no Pito Aceso. O eminente escritor sorocabano Vicente Caputti Sobrinho, em carta enviada ao autor deste artigo, fornece algumas informações interessantes sobre o assunto. Diz Caputti Sobrinho que Em 1925, nos meus saudosos 10 anos, estive como menino curioso (pois morava na Rua Cesário Mota – Santa Gertrudes, próximo à Rua 13 de maio) presente aos festejos do dia da Libertação dos Escravos, onde nas célebres congadas, havia também uma dança com os pés, mãos e corpo. Era uma dança de figurações (golpes) que chamavam rasteiras, rabo de arraia e pulo do macaco (além de outros). No Largo do Jardim dos Bichos (hoje Praça Frei Baraúna) por haver muita terra, ao lado de uma capelinha, os negros se divertiam com essa dança (seria a capoeira?). [5] Aparecida do Amaral Pires, conhecida como Vó Cida da Vila Amélia, relata ainda que por volta de 1928 presenciou a exibição de capoeiristas no antigo Largo de Santo Antônio (ao lado do Mercado Municipal) e argumenta que o fato da Igreja de Santo Antônio abrigar também a imagem de São Benedito era responsável pela aglomeração de negros naquele local os quais se apropriavam do espaço para executar suas danças e brincadeiras como o batuque e a capoeira. Vó Cida ainda se recorda do nome de alguns desses capoeiristas: João Daía, Tio Agostinho, Benedito Torquato... [6] O professor e historiador Milton Marinho Martins também se manifestou dizendo que: Tenho somente uma vaga idéia que numa festa que assisti no Largo Santo Antônio (Mercado Municipal), na década de 30, uma exibição de capoeira teria acontecido. [7] Ainda, há a informação prestada por Cid Odin Arruda, no dia 30 de julho de 2005, na qual afirma que presenciou, por volta do ano de 1933, alguns negros que brincavam a capoeira no largo santo Antônio, próximo à Ponte e nas proximidades da Igreja de João de Camargo. Há ainda o testemunho da senhora Thereza Henriqueta Marciano, nascida em Tietê e residente em Sorocaba desde 1934, a qual argumenta que seu pai, João André era praticante da capoeira. Da época em que viveu em Sorocaba, ou seja, a partir de 1934, João André sempre brincou de capoeira e de maculelê (dança de paus, como disse dona Thereza)[8] . João André era negro e nasceu em 1889. Além da capoeira e do maculelê, conhecia o tambú, ou samba caipira. Faleceu em Sorocaba em 1965, aos 74 anos de idade. Algo interessante: alguns relatos de negros capoeiras que teriam vindo da região de Tietê associam a luta com a execução do berimbau, como é o caso também de Josias Alves, conhecido por Chiu, que veio para Sorocaba em 1958, procedente de Maristela, distrito, então, de Laranjal Paulista. Numa leitura mais acurada, percebe-se a sutileza de algumas práticas preconceituosas e de exclusão social que sofriam os negros (e ainda, os marginalizados) na sociedade sorocabana do século XIX e início do século XX. Observa-se, por exemplo, que os textos das posturas municipais proibiam a prática da capoeira em locais públicos. [9] Daí se depreende que a capoeira não era sistematicamente perseguida, desde que não praticada aos olhos de todos, às escâncaras. Isso induz ao negro – e também aos de menor poder aquisitivo – a procurarem os arrabaldes e lugares distantes para poder expressar suas danças, brincadeiras e festas. Já no século XX, a presença da capoeira é assegurada nos locais de reunião dos negros (como é o caso do Largo de Santo Antônio), nos subúrbios e tolerada quando miscigenada num outro folguedo como é o caso da Congada. E mesmo assim, é de bom alvitre lembrar que mesmo a Congada sofreu perseguição, tendo Florestan Fernandes testemunhado que na década de 1940 esse cortejo não teria saído às ruas por proibição policial. [10] [1] Cruzeiro do Sul, 18 de maio de 1927 – nº 6151 – 2ª página.[2] Diário de Sorocaba, 21 jan 1914, nº 10, p. 01.[3] Cruzeiro do Sul, 03 abr 1927, nº 6116, p. 01.[4] Cruzeiro do Sul, 08 fev 1927, nº 6072, p. 04.[5] Carta datada de 24 maio 2005.[6] Entrevista concedida ao autor em 25 mar 2005.[7] Carta ao autor datada de 28 maio 2005.[8] Entrevista de dona Thereza Henriqueta Marciano cedida a Adilene Ferreira Carvalho Cavalheiro e a Carlos Carvalho Cavalheiro em 14.12.2003.[9] Artigo 151 do Código de Posturas da Câmara Municipal de Sorocaba – ano de 1850: “Toda a pessoa que nas praças, ruas, casas públicas, ou em qualquer outro lugar tão bem público practicar ou exercer o jogo denominado de Capoeiras ou qualquer outro gênero de luta, sendo livre será preso por dous dias, e pagará dous mil reis de multa, e sendo captiva será preso, e entregue a seo senhor para o fazer castigar naquela com vinte cinco açoites e quando não faça sofrerá o escravo a mesma pena de dous dias de prisão e dous mil réis de multa”.[10]

FERNANDES, Florestan. O negro no mundo dos brancos. SP: Difusão Européia do Livro, 1972, p. 243.

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