quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Seminário Internacional de Ações Culturais Afro Samba


Seminário Internacional de Ações Culturais Afro Samba, Samba da Vela, AfroReggae, Ilê Aiyê, Z´África Brasil e Lirinha são as atrações musicais da terceira edição de AntídotoOs shows colocam pela primeira vez estes grupos no mesmo palco, de 9 a 12 de outubro, e integram a programação do Antídoto – Seminário Internacional de Ações Culturais em Zonas de Conflito, a música dos grupos Afro Samba, Samba da Vela, AfroReggae, Ilê Aiyê, Z´África Brasil e a voz de Lirinha, vocalista da banda Cordel do Fogo Encantado, se associam à terceira edição de Antídoto – Seminário Internacional de Ações Culturais em Zonas de Conflito. O palco do Itaú Cultural foi tomado por shows das bandas e artistas, que são representativos e de extrema importância para as suas comunidades de origem. O Antídoto, realizado em parceria entre o Itaú Cultural e o Grupo Cultural AfroReggae, aconteceu de 2 a 23 de outubro na sede do instituto, e, além de música, cinema, teatro, debates, lançamento de livros e gastronomia. Reafirma, assim, a missão de fomentar e ampliar a reflexão a respeito de ações culturas empreendidas em zonas de conflitos sociais, étnicos, religiosos, entre outros. Afro Samba e Samba da Vela abrem a programação musical no dia 9, às 19h30, e repetem o encontro no mesmo horário do dia seguinte. O primeiro grupo surgiu em 1997 a partir de projetos desenvolvidos pelo Grupo Cultural AfroReggae, em Vigário Geral, com jovens moradores da favela utilizando a linguagem do samba para se expressar. Formado por João Grilo (voz e violão), Lecão (voz e pandeiro), Raquel Pretinha (voz e percussão), Luiz Henrique (voz e tantã), Ana Paula(voz), Maurício Machado (voz e cavaquinho), Cajirina (surdo), Tom (baixo), Jonatan Moraes (percussão) e Paulo Ruan (percussão), o grupo tem como padrinhos os sambistas Arlindo Cruz e Dorina. Os cariocas se juntarão pela primeira vez aos jovens músicos do Samba da Vela, criado em 2000. A rapaziada vai mostrar ao público a roda que toda segunda-feira toma conta da Casa de Cultura de Santo Amaro, no bairro de mesmo nome em São Paulo, que começa quando um dos integrantes acende uma vela e termina ao apagar da chama. Entre um ato e outro, os compositores Paquera, Chapinha, Magno Souza e Maurílio de Oliveira entoam suas criações e clássicos do samba. O AfroReggae, dividiu o palco, nos dias 11 e 12 (sábado e domingo), com os baianos do Ilê Aiyê, os rappers paulistanos do Z´África Brasil e o vocalista pernambucano Lirinha, do grupo Cordel do Fogo Encantado. O encontro inédito de bandas de diferentes estilos musicais será marcado pela improvisação. Apadrinhada por Caetano Veloso e Regina Casé, a banda anfitriã nasceu na favela de Vigário Geral, no Rio de Janeiro, como uma das ações do Grupo Cultural AfroReggae, criado em 1993 para trabalhar com as comunidades moradoras em favelas por meio de atividades culturais, esportivas e artísticas. No currículo registra diversas turnês pela Europa e dois CDs: Nova Cara e Nenhum Motivo Explica a Guerra. Ilê Aiyê vai derramar por todo o espaço da sala de espetáculos do Itaú Cultural a experiência acumulada desde 1974, quando se tornou o primeiro bloco afro da Bahia. O seu ritmo, graça e música transformaram o carnaval baiano, que ganhou força com o som ancestral, inspirado na tradição africana. O grupo, cuja sede fica no bairro de Curuzu-Liberdade, já gravou quatro CDs, como Canto Negro (1998), e participou de discos de Bjork, Daniela Mercury, Arto Lyndsay e Martinho da Vila. Eles darão passagem ao hip hop brasileiro, com a subida ao mesmo palco dos rappers do Z´África Brasil, que surgiram em 1995, e se tornaram um dos mais importantes grupos no gênero em território brasileiro. Em 2003, lançaram o seu primeiro CD, Antigamente Quilombos, Hoje Periferia, com participações do grupo francês Assassin e do DJ Thaide. Em sua trajetória registram a participação em discos de outros artistas, como Zeca Baleiro, Rappin´ Hood e Natiruts, além de diversas apresentações na Europa. No mesmo fim de semana, Lirinha junta a sua voz, música, carisma e poesia à de todos eles. O cantor, compositor, percussionista, poeta e escritor pernambucano, vocalista da banda Cordel do Fogo Encantado, desde a infância freqüenta rodas de recitais de cantadores e violeiros. A sua produção transita por várias áreas. Também atuou como ator em filmes como Árido Movie, dirigido por Lírio Ferreira, e participa das trilhas sonoras de Deus É Brasileiro, de Cacá Diegues, e Lisbela e o Prisioneiro, de Guel Arraes. Antídoto, terceira ediçãoCompletando três anos, de 2 a 23 de outubro, o Antídoto – Seminário Internacional de Ações Culturais em Zonas de Conflito, traz, além de filmes, shows e teatro – com a estréia em São Paulo da montagem Machado a 3x4, peça do grupo carioca Nós do Morro. Como todos os anos, o evento é coroado por uma série de debates que procuram fomentar e ampliar a reflexão a respeito de ações culturais empreendidas em zonas de conflitos sociais, étnicos, religiosos.


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