JUSTIFICATIVA
Durante cerca de 350 anos, o racismo foi escancarado no Brasil, apesar da miscigenação. Os negros estavam escravizados e mesmo os que conseguiram sua alforria eram oficialmente considerados inferiores, com a bênção da igreja católica, que afirmava que eles não tinham alma.
O Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravidão. A Lei Áurea , de 13 de maio de 1888, assinada pela Princesa Isabel, tirou 800 mil pessoas do cativeiro, num total de 14 milhões de habitantes, e foi muito comemorada na época. O racismo ainda é uma realidade no Brasil segunda nação com mais negros no mundo, atrás apenas da Nigéria. Passados 119 anos da abolição da escravatura, os afro-descendentes constituídos por negros (as) e pelos chamados pardos (as).
Representam pelo menos de 40 a 46% da população brasileira segundo o IBGE. Esse percentual é maior quando calculada com outras metodologias. Ao completar 121 anos de “Abolição da Escravatura”, torna-se essencial a atenção para os múltiplos significados do 13 de Maio. Essa data significa para o povo negro um dia de reflexão e denúncia.
Em tempos de globalização, nada mais oportuno do que uma discussão democrática com relação a arte da comunidade dos afro-descendentes numa economia em transição, utilizando-se a expressão cultural para esse fim. Justifica-se, portanto, a realização do Festival de Cultura e Arte Negra, o 4º FECAN, para dar continuidade ao sucesso do qual foram as edições anteriores.
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