A África no Caribe II
FONTE:AFROPRESS
Por: Vista de Curaçao, com suas casas e sobrados coloridos
Willemstad – O jornalista
Dojival Filho, do Diário do Grande ABC,
esteve durante uma semana em Curaçao,
a convite do Escritório de Turismo da Ilha, e fecha a reportagem falando da diversidade e de curiosidades desse pequeno pedaço da África no Caribe.
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A diversidade cultural é outro fator que faz com que o brasileiro sinta-se em casa em Curaçao. Apesar de conhecida como Holanda do Caribe - por ter sido colonizada por holandeses, em 1634 -, Curaçao é composta pela mistura de povos distintos como portugueses, judeus e africanos.Essa diversidade reflete-se no vocabulário. Desde a infância, os cerca de 150 mil nativos aprenderam quatro idiomas, sem precisar ingressar em cursos particulares. Além do holandês, a língua oficial, eles estudaram inglês, espanhol e papiamento (o dialeto local, que funde palavras e estruturas gramaticais de todas essas línguas ao português).Falar inglês ou espanhol sempre facilita a vida em qualquer lugar do mundo. Porém, mesmo quem não tem intimidade com nenhuma língua estrangeira consegue se comunicar em Curaçao, já que os nativos demonstram boa vontade para compreender e ajudar os turistas, principalmente os brasileiros, com quem compartilham tantas afinidades, entre elas a paixão pelo futebol.É comum encontrar na ilha homens batizados como Jairzinho (ou Djairzinho), por exemplo, em homenagem ao jogador da seleção que brilhou nos gramados do México, em 1970, na conquista do tricampeonato mundial.MuseuQuem pretende conhecer um pouco da história de Curaçao deve visitar o Kurá Holanda, localizado em hotel homônimo situado na região de Otrobanda. Inaugurado em 1999, o local é o único museu africano do Caribe. Por apenas U$S 9 (adultos) e U$S 6 (crianças até 12 anos), é possível viajar no tempo e conhecer particularidades da cultura negra desde o século 15 até os dias de hoje."A partir de 1650, os europeus começaram a comercializar escravos na ilha, que vinham de 65 nações africanas", conta a guia Florentina Yflen.Composto por réplica de navio negreiro, artesanato, diversos instrumentos musicais, documentos e objetos utilizados para castigar os escravos, o acervo pertence ao milionário holandês Jacob Gelt Dekker, também proprietário do hotel cinco estrelas. Apaixonado pela cultura da África, ele viajou pelo mundo colecionando objetos históricos. Em um dos setores mais impressionantes do museu, que funciona de terça a sábado, há um uniforme da Ku Klux Klan (organização fascista norte-americana), ainda com vestígios de sangue de negros que sofreram violência de algozes racistas.MúsicaO percussionista Konkie Halmeyer destaca-se no cenário musical curaçolenho pela habilidade que demonstra ao tocar o steel drum (tambor de aço do qual o artista consegue extrair notas musicais). Ou seja, o instrumento combina os aspectos percussivo e melódico.O músico, que mistura referências de ritmos caribenhos ao jazz e ao blues, esteve no Brasil em abril para ministrar workshops para o projeto Afro Reggae. Gostou tanto da experiência que deseja ser convidado para mais apresentações no País.Heranças da HolandaA Holanda do Caribe também destaca-se pela exuberante arquitetura com nítida inspiração europeia, refletida em moinhos de vento e coloridas casas e prédios históricos.Outras heranças da colonização holandesa são as três pontes, monumentos que certamente não passam despercebidos para os visitantes. A mais antiga delas chama-se Emma (homenagem à avó da rainha-mãe Juliana), a maior ponte móvel do mundo, que flutua sobre botes para a passagem de barcos e navios.Construída em metal, serve apenas para passagem de pedestres e desde 1888 une Punda a Otrobanda.A ponte Rainha Juliana é fixa e chega a mais de 60 metros de altura em relação à água do mar. É a mais recente e possui quatro vias de tráfego expressas em uma arquitetura moderna e funcional.Maior de todas, a Wilhelmina une o setor comercial de Punda e a velha área residencial.ComércioRepleta de atrativos para os consumistas, a ilha conta com farto comércio de eletroeletrônicos, perfumes, joias, relógios, roupas e equipamentos de informática. As ruas comerciais mais famosas são Breedestraat, Heerenstraat e Madurostraat.Outra parada indispensável é o Mercado Flutuante, composto por barcos cobertos por lonas multicoloridas e situado no Cais de Sha Capriles. No local, é possível encontrar variedade de frutas, verduras e legumes vindos da Venezuela, além de roupas e utensílios em geral.Para os que não abrem mão de uma boa pechincha, existe ainda a opção de visitar a Zona Franca, onde os comerciantes oferecem itens a preços acessíveis, mas as compras só podem ser feitas no atacado.
A diversidade cultural é outro fator que faz com que o brasileiro sinta-se em casa em Curaçao. Apesar de conhecida como Holanda do Caribe - por ter sido colonizada por holandeses, em 1634 -, Curaçao é composta pela mistura de povos distintos como portugueses, judeus e africanos.Essa diversidade reflete-se no vocabulário. Desde a infância, os cerca de 150 mil nativos aprenderam quatro idiomas, sem precisar ingressar em cursos particulares. Além do holandês, a língua oficial, eles estudaram inglês, espanhol e papiamento (o dialeto local, que funde palavras e estruturas gramaticais de todas essas línguas ao português).Falar inglês ou espanhol sempre facilita a vida em qualquer lugar do mundo. Porém, mesmo quem não tem intimidade com nenhuma língua estrangeira consegue se comunicar em Curaçao, já que os nativos demonstram boa vontade para compreender e ajudar os turistas, principalmente os brasileiros, com quem compartilham tantas afinidades, entre elas a paixão pelo futebol.É comum encontrar na ilha homens batizados como Jairzinho (ou Djairzinho), por exemplo, em homenagem ao jogador da seleção que brilhou nos gramados do México, em 1970, na conquista do tricampeonato mundial.MuseuQuem pretende conhecer um pouco da história de Curaçao deve visitar o Kurá Holanda, localizado em hotel homônimo situado na região de Otrobanda. Inaugurado em 1999, o local é o único museu africano do Caribe. Por apenas U$S 9 (adultos) e U$S 6 (crianças até 12 anos), é possível viajar no tempo e conhecer particularidades da cultura negra desde o século 15 até os dias de hoje."A partir de 1650, os europeus começaram a comercializar escravos na ilha, que vinham de 65 nações africanas", conta a guia Florentina Yflen.Composto por réplica de navio negreiro, artesanato, diversos instrumentos musicais, documentos e objetos utilizados para castigar os escravos, o acervo pertence ao milionário holandês Jacob Gelt Dekker, também proprietário do hotel cinco estrelas. Apaixonado pela cultura da África, ele viajou pelo mundo colecionando objetos históricos. Em um dos setores mais impressionantes do museu, que funciona de terça a sábado, há um uniforme da Ku Klux Klan (organização fascista norte-americana), ainda com vestígios de sangue de negros que sofreram violência de algozes racistas.MúsicaO percussionista Konkie Halmeyer destaca-se no cenário musical curaçolenho pela habilidade que demonstra ao tocar o steel drum (tambor de aço do qual o artista consegue extrair notas musicais). Ou seja, o instrumento combina os aspectos percussivo e melódico.O músico, que mistura referências de ritmos caribenhos ao jazz e ao blues, esteve no Brasil em abril para ministrar workshops para o projeto Afro Reggae. Gostou tanto da experiência que deseja ser convidado para mais apresentações no País.Heranças da HolandaA Holanda do Caribe também destaca-se pela exuberante arquitetura com nítida inspiração europeia, refletida em moinhos de vento e coloridas casas e prédios históricos.Outras heranças da colonização holandesa são as três pontes, monumentos que certamente não passam despercebidos para os visitantes. A mais antiga delas chama-se Emma (homenagem à avó da rainha-mãe Juliana), a maior ponte móvel do mundo, que flutua sobre botes para a passagem de barcos e navios.Construída em metal, serve apenas para passagem de pedestres e desde 1888 une Punda a Otrobanda.A ponte Rainha Juliana é fixa e chega a mais de 60 metros de altura em relação à água do mar. É a mais recente e possui quatro vias de tráfego expressas em uma arquitetura moderna e funcional.Maior de todas, a Wilhelmina une o setor comercial de Punda e a velha área residencial.ComércioRepleta de atrativos para os consumistas, a ilha conta com farto comércio de eletroeletrônicos, perfumes, joias, relógios, roupas e equipamentos de informática. As ruas comerciais mais famosas são Breedestraat, Heerenstraat e Madurostraat.Outra parada indispensável é o Mercado Flutuante, composto por barcos cobertos por lonas multicoloridas e situado no Cais de Sha Capriles. No local, é possível encontrar variedade de frutas, verduras e legumes vindos da Venezuela, além de roupas e utensílios em geral.Para os que não abrem mão de uma boa pechincha, existe ainda a opção de visitar a Zona Franca, onde os comerciantes oferecem itens a preços acessíveis, mas as compras só podem ser feitas no atacado.
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