Cartilha sobre gravidez na adolescência no Quilombo dos Alpes Publicação foi elaborada por adolescentes e jovens a partir de uma pequisa que revela que a maioria das adolescentes grávidas não faz o pré-natal até o final da gestação. Projeto foi desenvolvido nas comunidades da Vila Cruzeiro do Sul e Quilombo dos Alpes e teve apoio da Fundação Luterana de Diaconia
Uma suculenta feijoada feita por duas expressivas lideranças quilombolas porto-alegrenses - os irmãos Valdir e Janja Silva Ellias - marcou ontem, 23/8, no Quilombo dos Alpes, o lançamento da cartilha “Jovens Lideranças” que oferece no seu conteúdo um tema atual: a gravidez na adolescência. A publicação é produto final do projeto de MARIA MULHER – Organização de Mulheres Negras denominado Educação Popular – Formação de Jovens desenvolvido em 2008 por um período de seis meses. O diferencial desta publicação é que a temática apresentada foi fruto da percepção exclusiva de um grupo de adolescentes e jovens de 14 a 22 anos de duas comunidades: a Vila Cruzeiro do Sul e o Quilombo Urbano dos Alpes.Preocupados com o alto índice de casos de gravidez na adolescência envolvendo familiares e amigas, os participantes do projeto optaram, ao final do curso, pela realização de uma pesquisa que teve como título “Você conhece alguma Adolescente Grávida?” . Foram entrevistados 400 moradores, aleatoriamente, com faixa etária a partir dos 12 anos, de ambos os sexos e de diversas etnias. A pesquisa revelou que 91% dos entrevistados conheciam pelo menos uma adolescente grávida na sua comunidade. A maioria dos entrevistados era de etnia negra e 72% do sexo feminino. E em contato com os postos de saúde das duas comunidades, o grupo detectou que a maioria das adolescentes grávidas não fazia o pré-natal até o final da gestação, somente 20% vão ao posto de saúde acompanhadas do pai do futuro bebê e 70% das adolescentes ficam na casa dos pais e criam seus filhos com ajuda deles. O levantamento também constatou que a maioria das jovens não havia planejado a gravidez e que se pudesse interrompê-la, teria feito. Uma outra causa citada foi a falta de informação e a ausência de diálogo com os pais.
Além de convidados e da presença da vizinhança quilombola, o evento foi prestigiado pela equipe técnica da Fundação Luterana de Diaconia – FLD (foto), instituição parceira de MM na concretização deste projeto. Entusiasmada e sensibilizada com os resultados obtidos em tão curto tempo, a assessora da FLD, Deisemer Gorczevski, destacou que “os jovens ao elaborarem a cartilha abordando um tema tão complexo que é a sexualidade na adolescência, em especial a gravidez, deram uma lição de maturidade aos adultos”. Ela estava acompanhada do secretário executivo, Carlos Gilberto Bock e da estagiária Patrícia Teixeira, do Curso de Teologia. Ao elogiar a publicação, Bock enfatizou que a FLD continuará emprestando seu apoio a projetos que envolvam adolescentes e jovens, uma vez que Maria Mulher dará seguimento a segunda etapa do Educação Popular. Rosângela (Janja) Silva Ellias estava feliz. Motivos não faltavam. O sonho de ver adolescentes e jovens quilombolas comprometidos e envolvidos com as ações de cidadania se concretizou. "Esta revista é resultado de um trabalho iniciado há cinco anos com a preocupação voltada para nossas crianças e jovens. Foi bom ter encontrado Maria Mulher como parceira", afirmou, emocionada, enquanto folheava a publicação. A rotina dominical começou cedo nos altos do Quilombo. Quando os convidados chegaram, a mesa para o almoço estava posta à entrada da casa. Na parede, uma faixa preta, fixando a lembrança de Joelma e Volmir (Guinho) assassinados em 4 de dezembro do ano passado, em caso que alcançou intensa repercussão pública no Estado e no país. O Quilombo dos Alpes, reúne cerca de 80 famílias, está com processo de titulação aberto no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA e vive sob constante assédio da especulação imobiliária.
SOS Racismo de MM, em parceria com Ministério Público do Trabalho, realiza oficina de formaçãoO Programa de Promoção de Igualdade Racial - SOS Racismo de MARIA MULHER realizará nesta quinta-feira, 27/08, mais uma oficina de formação em Relações Raciais e Desconstrução do Racismo Institucional. Esta capacitação é resultado do Protocolo de Intenções assinado, em 2005, entre MM e o MInistério Público do Trabalho - Procuradoria Regional do Trabalho da 4ª Região. A equipe do SOS Racismo é constantemente requisitada para ministrar oficinas para empresas que foram alvo de processos por discriminação no trabalho (racial, gênero, livre orientação) e que para não correrem risco de uma possível condenação, optam pelo acordo chamado de Termo de Ajustamento de Conduta. Ao todo já foram realizadas por MM até este mês de agosto, dez oficinas, sendo que estão agendadas pelo Procuradoria Regional do Trabalho mais três capacitações para este ano. O SOS Racismo já atuou em empresas de Porto Alegre, Caxias do Sul, São Leopoldo e Alvorada.
Vera Daisy Barcellos - Jorn, Reg.Prof.3.804Assessoria de Imprensa de Maria Mulher
Uma suculenta feijoada feita por duas expressivas lideranças quilombolas porto-alegrenses - os irmãos Valdir e Janja Silva Ellias - marcou ontem, 23/8, no Quilombo dos Alpes, o lançamento da cartilha “Jovens Lideranças” que oferece no seu conteúdo um tema atual: a gravidez na adolescência. A publicação é produto final do projeto de MARIA MULHER – Organização de Mulheres Negras denominado Educação Popular – Formação de Jovens desenvolvido em 2008 por um período de seis meses. O diferencial desta publicação é que a temática apresentada foi fruto da percepção exclusiva de um grupo de adolescentes e jovens de 14 a 22 anos de duas comunidades: a Vila Cruzeiro do Sul e o Quilombo Urbano dos Alpes.Preocupados com o alto índice de casos de gravidez na adolescência envolvendo familiares e amigas, os participantes do projeto optaram, ao final do curso, pela realização de uma pesquisa que teve como título “Você conhece alguma Adolescente Grávida?” . Foram entrevistados 400 moradores, aleatoriamente, com faixa etária a partir dos 12 anos, de ambos os sexos e de diversas etnias. A pesquisa revelou que 91% dos entrevistados conheciam pelo menos uma adolescente grávida na sua comunidade. A maioria dos entrevistados era de etnia negra e 72% do sexo feminino. E em contato com os postos de saúde das duas comunidades, o grupo detectou que a maioria das adolescentes grávidas não fazia o pré-natal até o final da gestação, somente 20% vão ao posto de saúde acompanhadas do pai do futuro bebê e 70% das adolescentes ficam na casa dos pais e criam seus filhos com ajuda deles. O levantamento também constatou que a maioria das jovens não havia planejado a gravidez e que se pudesse interrompê-la, teria feito. Uma outra causa citada foi a falta de informação e a ausência de diálogo com os pais.
Além de convidados e da presença da vizinhança quilombola, o evento foi prestigiado pela equipe técnica da Fundação Luterana de Diaconia – FLD (foto), instituição parceira de MM na concretização deste projeto. Entusiasmada e sensibilizada com os resultados obtidos em tão curto tempo, a assessora da FLD, Deisemer Gorczevski, destacou que “os jovens ao elaborarem a cartilha abordando um tema tão complexo que é a sexualidade na adolescência, em especial a gravidez, deram uma lição de maturidade aos adultos”. Ela estava acompanhada do secretário executivo, Carlos Gilberto Bock e da estagiária Patrícia Teixeira, do Curso de Teologia. Ao elogiar a publicação, Bock enfatizou que a FLD continuará emprestando seu apoio a projetos que envolvam adolescentes e jovens, uma vez que Maria Mulher dará seguimento a segunda etapa do Educação Popular. Rosângela (Janja) Silva Ellias estava feliz. Motivos não faltavam. O sonho de ver adolescentes e jovens quilombolas comprometidos e envolvidos com as ações de cidadania se concretizou. "Esta revista é resultado de um trabalho iniciado há cinco anos com a preocupação voltada para nossas crianças e jovens. Foi bom ter encontrado Maria Mulher como parceira", afirmou, emocionada, enquanto folheava a publicação. A rotina dominical começou cedo nos altos do Quilombo. Quando os convidados chegaram, a mesa para o almoço estava posta à entrada da casa. Na parede, uma faixa preta, fixando a lembrança de Joelma e Volmir (Guinho) assassinados em 4 de dezembro do ano passado, em caso que alcançou intensa repercussão pública no Estado e no país. O Quilombo dos Alpes, reúne cerca de 80 famílias, está com processo de titulação aberto no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA e vive sob constante assédio da especulação imobiliária.
SOS Racismo de MM, em parceria com Ministério Público do Trabalho, realiza oficina de formaçãoO Programa de Promoção de Igualdade Racial - SOS Racismo de MARIA MULHER realizará nesta quinta-feira, 27/08, mais uma oficina de formação em Relações Raciais e Desconstrução do Racismo Institucional. Esta capacitação é resultado do Protocolo de Intenções assinado, em 2005, entre MM e o MInistério Público do Trabalho - Procuradoria Regional do Trabalho da 4ª Região. A equipe do SOS Racismo é constantemente requisitada para ministrar oficinas para empresas que foram alvo de processos por discriminação no trabalho (racial, gênero, livre orientação) e que para não correrem risco de uma possível condenação, optam pelo acordo chamado de Termo de Ajustamento de Conduta. Ao todo já foram realizadas por MM até este mês de agosto, dez oficinas, sendo que estão agendadas pelo Procuradoria Regional do Trabalho mais três capacitações para este ano. O SOS Racismo já atuou em empresas de Porto Alegre, Caxias do Sul, São Leopoldo e Alvorada.
Vera Daisy Barcellos - Jorn, Reg.Prof.3.804Assessoria de Imprensa de Maria Mulher
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