quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Caminhada contra intolerância religiosa arrasta 50 mil em Copacabana

Caminhada contra intolerância religiosa arrasta 50 mil em Copacabana

JB Online RIO

A secretária de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro, Benedita da Silva, foi impedida de subir a um dos carros de som que reúne religiosos, na II Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, que acontece neste momento, na Orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Benedita chegou acompanhada da deputada estadual Beatriz Santos (PRB-RJ) – ligada à Igreja Universal do Reino de Deus. O babalawo Ivanir dos Santos, porta-voz da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), argumentou com a Secretária que “a CCIR não recebeu nenhum comunicado do governador Sérgio Cabral sobre o envio de representantes e que, por isso, ela não subiria a um dos carros do movimento.O porta-voz explicou que a caminhada não faz parte de movimentos políticos e só representa uma amostra da força da democracia em relação à liberdade religiosa. Sendo assim, nenhuma pessoa com cargo político seria autorizada a falar sem aviso prévio. A II Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa levou milhares de pessoas para a Avenida Atlântica. Por volta das 10h30, cerca de 30 mil pessoas já estavam concentradas entre os postos 5 e 6 da praia. Ao 12h mais de 50 mil pessoas tomaram conta da Avenida Atlântica, segundo informações do coronel da PM Ubiratam Ângelo.Durante a coletiva de imprensa, representantes do Ministério Público do Rio de Janeiro, das igrejas Católica e Evangélica, das comunidades Espírita, Islamica, da Umbanda e Candomblé se uniram num grito de basta à intolerância religiosa. De acordo com o promotor de Justiça , que foi indicado para a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, Marcos Kac, é dever do Ministério Público zelar pela liberdade de culto religioso, já que este é um direito previsto na Constituição Federal.- O Ministério Público do Rio de Janeiro está apoiando essa ação de basta à intolerância religiosa. É nosso dever velar pela livre manifestação de culto, de fé e de religião. O Estado vê esta caminhada com bons olhos , pois a liberdade religiosa é um ato em defesa da democracia-, afirmou.

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