sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

- 18 de agosto Dia Nacional de Luta

Na luta das Cotas para Negros, Índios e Pobres.

A busca incessante de igualdade, direito e oportunidade, por muitas vezes, causaram polêmicas na sociedade. Minas Gerais não foge a regra da falta de oportunidades, acessibilidade, condições de permanência na universidade pública para Negros e Negras que queiram conquistar sua formação acadêmica.
Assim mudar a cultura de pensamento da sociedade também é um dos passos para a conquista da valorização e conscientização desta luta, que é positiva e de inclusão social.
O Governo Federal tem proposta concreta e positiva para implementar as Cotas para Negros, Índios e Pobres nas Universidades Públicas, mas nem todos os governantes, inclusive do PSDB e PFL são a favor da aprovação Lei das Cotas Raciais, nem querem reparar os danos causados pelo sistema escravocrata que condicionou a população negra do Brasil ao quadro de desigualdade enquanto regime de nação. Não podemos mais aceitar que governantes como estes, queiram nos manter na exclusão sem acesso aos bens de direito garantido pela Constituição. SOMOS A Iª POPULAÇÃO NEGRA DO MUNDO FORA DA ÁFRICA!
As políticas de cotas vêm para reparar os danos e colocar negras e negros não como privilegiados, mas nas condições de disputarmos o mercado de trabalho, que é extremamente perverso. As mulheres negras são maioria que não tem sequer o segundo grau e como conseqüências chegam a ganhar 50% menos que as não negras.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada 2005 (IPEA), de 53 milhões de brasileiros que vivem na pobreza, 63% são negros. De 22 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha de pobreza, 70% são negros. Na área da educação, a situação do negro não é menos calamitosa. Do total dos universitários, 97% são brancos, sobre 2% de negros.
Segundo o IBGE 5% da População Negra freqüentam o Ensino Universitário Privado, enfim, somos vítimas do sistema racista e capitalista.
E por querer construirmos um Brasil justo e igualitário, que defendemos as cotas, mas queremos ainda resgatar o papel do Estado como gestor público e lutamos por investimentos no desenvolvimento econômico e cultural para o povo e a melhoria do ensino brasileiro, em todas as suas etapas.

Por isso estamos nas ruas em defesa da Implementação da Cotas Raciais, Políticas Públicas de Combate ao Racismo, da Promoção de Igualdade Racial e aprovação imediata do Estatuto de Igualdade Racial.

Assinam: CUT/MG, Fundação Centro de Referencia da Cultura Negra, Centro de Referencia de Cultura da Mulher Negra de Minas Gerais, MONA BANTU, CONEM MG, CENARAB, CEABRA MG, Federação Mineira dos Quilombolas-N’golo, Associação Quilombola dos Luizes - N’tami mayusi, Associação de Mulheres Anita Garibaldi, Organização de Mulheres Negras Ativas , Movimento de Juventude Negra e Favelada, Agentes de Pastoral Negros APNs, UNEGRO MG, Grupo de Universitários Negros de Acompanhamento – Guna, Ile ti Obirim, Hip Hop Negros da Unidade Consciente – NUC, Grupo Cultural Negros da Unidade Consciente- GCNUC, Associação de Mulheres Negras Chica da Silva Juiz de Fora, Movimento Nacional de Direitos Humanos de Minas Gerais - MNDH/ MG, Federação das Associações de Moradores e Bairros Vilas e Favelas de BH– FOMOBH, AHNSA,

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